Padrão de Metadados – Padrão pra quem?

Padrão de Metadados – Padrão pra quem? (Texto de Paula Cinquetti, uma das minhas grandes parceiras em organização de acervos!)

Há pouco tempo atrás fotógrafo nem sabia o que eram metadados. Os músicos parece que descobriram um pouco antes e o iTunes e o iPod mostraram para amantes e colecionadores de música como a vida pode ficar mais fácil quando você atribui palavras mágicas para identificar um arquivo digital.
Ok, mas agora que muitos já sabem da sua existência, a próxima etapa é como utilizar, o que escrever e ainda, qual campo de metadado serve para o quê? E porque têm tantos nomes complicados envolvendo o que se poderia resumir em apenas uma palavrinha: tag.
O IPTC (International Press Telecommunications Council) (http://www.iptc.org) trata-se de um grupo formado por algumas agências e veículos de notícia do mundo todo que se reuniram para padronizar os metadados utilizados em fotografias jornalísticas.
O Dublin Core (http://www.dublincore.org/) também representa as decisões de um grupo, desta vez com interesses mais voltados para a área da arquivologia, reunindo bibliotecas e centros de pesquisa de vários países.
Em outubro de 2009 foi lançado um padrão totalmente brasileiro, para orientar o preenchimento dos metadados de qualquer tipo de arquivo digital produzido pelo Governo Federal. O chamado e-PMG (Padrão de Metadados do Governo Eletrônico) e disponível aqui.
Mas se um é voltado para o jornalismo, o outro para bibliotecas e o outro para arquivos digitais do governo, qual orientação o fotógrafo deve seguir? Que padrão está mais atrelado aos seus interesses? Pois agora vem a questão mais difícil para se ter um acervo organizado e metadatado. Um pergunta determinante para a sobrevivência no mundão digital sem porteira: quem é você?
O que você fotografa? Para que público? O que pretende comunicar com as suas fotografias? O que pretende fazer com elas? Uso comercial, jornalístico, documental, artístico? Quando você escolhe uma área de atuação e se concentra nela, fica mais fácil decidir muitas coisas e uma delas é que campos de metadados são importantes para o seu fluxo de trabalho. Você não precisa seguir à risca o que determinado padrão sugere, você pode criar o seu próprio!
Você já sabe que tipo de informação é importante para ficar guardada para sempre junto com as suas fotografias? Comece fazendo uma lista.